Design minimalista: confira 5 inspirações e referências

É improvável que você ainda não tenha sido impactado pelo design minimalista. Hoje, seja para onde quer que olhemos, essa tendência toma conta do cenário da criação visual. Mas você sabe, de fato, o que é o design minimalista e quais são as suas origens?

No post de hoje, veremos exatamente o que define essa estética e daremos alguns exemplos de logos minimalistas para te inspirar. Interessado? Então continue lendo e confira!

O que é o design minimalista

Podemos definir esse minimalismo como um framework de trabalho que prioriza a simplicidade acima de tudo. Isso significa, então, que apenas os elementos extremamente necessários para realizar a diferenciação de uma peça são incluídos nela.

Ao observar vários exemplos de design minimalista, você perceberá rapidamente que a cor e a forma são os grandes protagonistas nesse tipo de trabalho.

Junto à tipografia, elas são utilizadas para conferir um caráter único as criações. E, somadas aos espaços em branco, conseguem conferir uma estética extremamente diferenciada a logos, layouts e websites.

As origens do design minimalista

Podemos traçar as raízes do minimalismo a três momentos em especial na história da arte. São eles o movimento De stijl, a arquitetura de Van Der Rohe e a tradição de design japonesa. Mas como cada um desses períodos influencia os resultados do design até hoje?

De stijl é o nome dado a um movimento artístico que se estendeu de 1917 até 1930. As palavras “de stijl” são a versão holandesa de “o estilo”, e foram escolhidas para representar esse período porque conseguiam apontar a simplicidade e a abstração que o uso de cores primárias e formas básicas (como o círculo, o retângulo e as linhas) traziam para a mesa.

Entretanto, foi apenas após a I Guerra Mundial que o minimalismo começou a decolar. Nos trabalhos de arquitetos como Van Der Rohe, por exemplo, eram priorizados o uso de materiais simples e de muito espaço.

As influências do design japonês vieram um pouco depois. E ajudaram a definir a nova estética inspirando designers gráficos a criar produtos visuais mais “zen”. Afinal, nesse país podemos perceber a presença da simplicidade em tudo, desde as roupas que se usam até no lettering tradicional associado ao kanji (os caracteres logográficos que compõe o idioma japonês).

Ainda assim, o design minimalista continuou a evoluir com o passar dos anos. Hoje, o que consideramos como parte dessa tendência é bastante diferente das primeiras obras criadas seguindo o estilo.

Então, agora que entendeu as origens dessa estética, que tal conhecer algumas inspirações e obras de designers famosos que evidenciam isso?

5 logos minimalistas da atualidade

1. Apple

Desde que a Apple foi criada, ela se inspira em alguns motivos tradicionais do design no desenvolvimento de seus produtos, branding e posicionamento.

A empresa que já aderiu a designs translúcidos, trouxe as cores para seus desktops e desenvolveu uma linguagem visual baseada no branco aderiu ao design minimalista em 2001. Isso pode ser facilmente observado do design clássico do PowerBook G4, um computador feito inteiro de alumínio em que as formas eram prioridade.

Mas há um aspecto no qual o minimalismo sempre esteve presente na vida da empresa: seu logo.

Quando deixou de utilizar a versão multicolorida do seu branding em 1999, a maçã fez uma opção pelo minimalismo. E, desde então, passou a priorizar o reconhecimento universal do formato do desenho da maçã como símbolo.

Hoje, não importa se você vê a sua aplicação em branco retroiluminado na tampa de um Macbook ou em preto nos ícones utilizados na divulgação Apple Watch, ou no verso de um iPad. A silhueta da fruta é a única coisa de que alguém precisa para saber que se trata de um produto da empresa de Steve Jobs.

2. Netflix

A primeira logo da Netflix não tinha nada de minimalista. Ela empregava duas cores diferentes, sobrepunha-se sempre a um tom de vermelho e continha elementos de luz e sombra que remetiam, instintivamente, ao letreiros antigos do cinema. Mas tudo isso mudou.

A empresa adotou o flat design e deixou de lado as múltiplas camadas. Assim, por deixar de precisar de três cores para exibir a logo em todas as aplicações, a Netflix ganhou versatilidade, e a adoção do “N” como sinônimo de Netflix colaborou bastante nisso.

A troca de logo veio com a criação de séries originais para a sua plataforma e com a perda de relevância do seu serviço tradicional (o envio de DVDs pelo correio). Portanto, ela espelha as mudanças realizadas pela própria Netflix para se transformar em um serviço mais moderno.

3. Pepsi

A Pepsi é uma das marcas que mais trocou de identidade visual ao longo da história. Desde o seu primeiro logo, em 1898, até a versão que contemplamos hoje, foram realizadas inúmeras alterações. Especificamente, nos anos de 1905, 1906, 1940, 1950, 1962, 1973, 1991, 1998 e 2003.

Mas sua constante evolução até chegar à versão minimalista criada em 2014 foi necessária para que a empresa encontrasse sua individualidade.

O globo utilizado atualmente é uma das formas mais facilmente reconhecíveis em um supermercado, e usa a ideia da proporção áurea para criar harmonia entre os elementos enquanto mantém as cores tradicionalmente associadas à marca de refrigerantes.

4. Boomerang

Boomerang é o último aplicativo lançado pelo Instagram para fazer companhia à rede social e a softwares como o Layout e o Hyperlapse.

Enquanto o primeiro é um quadrado, e o segundo, um círculo, o Boomerang segue o formato tradicional do brinquedo homônimo e utiliza o mesmo degradê característico de ambos para criar unidade entre eles.

O símbolo do infinito também é facilmente compreendido, uma vez que você se familiariza com a funcionalidade do aplicativo: criar gifs e repetições que funcionam em loop e podem ser compartilhadas com os seus amigos.

5. Starbucks

A Starbucks é outra empresa que passou por muitas mudanças visuais ao longo dos anos. Desde o seu tradicional logo marrom de 1971 até a versão introduzida em 2011, sua sereia evoluiu e se tornou cada vez mais simples, e mais facilmente reconhecível.

Mas um dos triunfos do design mais recente adotado pela companhia não é meramente estético. Seu layout clean foi introduzido também porque poupa tinta na hora da impressão.

Ao eliminar todas as palavras e a variação de cores (preto e verde) que havia se tornado tradicional para a marca, a Starbucks faz ainda uma afirmação. Demonstra confiança no fato de que seus clientes estão amadurecidos o bastante para reconhecer a marca em qualquer lugar.

Enfim, o design minimalista continua sendo uma tendência muito importante. E tudo que gira em torno dele diz respeito a retornar a elementos básicos, como contraste, espaço, cor, organização e tipografia. Exatamente por isso, a prática nunca envelhece.

Nesse sentido, incorporar e se habituar à prática do design minimalista pode torná-lo um designer ainda melhor. Mesmo porque criações dessa natureza nos obrigam a voltar ao básico, e a sermos tão originais quanto possível.

Sem dúvida, você continuará vendo o design minimalista no futuro, em websites, aplicativos, na criação de logos e impressos. O estilo permanecerá evoluindo, como é comum às disciplinas do design, mas sempre manterá suas raízes atreladas aos princípios supracitados.

E aí, gostou de conhecer o design minimalista? Então, que tal continuar se inspirando? Confira agora alguns filmes que ajudam designers a criar melhor!