Futuro do design: como se preparar para as inovações na área

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Hoje, a maioria dos trabalhos de design são definidos pela inteligência criativa e social. Esses conjuntos de habilidades exigem empatia, resolução criativa de problemas e persuasão. O futuro do design, entretanto, trará a Inteligência Artificial para mais perto do nosso cotidiano, e seu primeiro impacto será o desenvolvimento dessas habilidades em não-designers, que pretendem aumentar sua empregabilidade num mercado em constante mutação.

Afinal, segundo a Harvard Business Review, o grande conselho para sobreviver — e se manter empregado — no futuro é agir mais como um designer. A implicação, porém, para quem já é profissional da área é que mais do que se ocupar com a tradicional criação, essas pessoas terão de usar o design thinking para fazer outros trabalhos.

No futuro, não teremos mais o “monopólio” da criatividade e, a fim de nos mantermos competitivos, será necessário agregar em nossos currículos conhecimentos adicionais para contribuir em contextos multidisciplinares.

Neste artigo, selecionamos algumas tendências do futuro do design para que você comece a se preparar para ele e entenda como os novos recursos digitais influenciarão sua rotina de trabalho. Vamos lá?

Robôs não substituirão os designers

Uma das promessas mais impressionantes do futuro é aquela que os filmes tanto insistem em nos mostrar: robôs que serão capazes de substituir boa parte dos seres humanos em seus empregos. A única diferença é que estamos vivendo o futuro agora — e com o design não poderia ser diferente.

Ferramentas como o The Grid já funcionam nesse sentido, fazendo o reque e a colagem autônoma de fotos para conceber peças gráficas incríveis e escolhendo:

  • modelos;
  • estilos de apresentação;
  • fontes;
  • layouts.

O sistema ainda é capaz de executar testes A/B para escolher os padrões mais adequados e, por isso mesmo, foi tido como o designer do futuro.

Entretanto, você pode perder o medo de se tornar obsoleto e ser derrotado por uma máquina. São os designers que ajudam a fazer a ponte entre o mundo virtual e o real. Por isso, é improvável que eles percam essa função num futuro próximo. O que pode acontecer é seu trabalho ficar mais simples graças a tecnologia, mas não há nenhum cenário num futuro breve em que o trabalho de um designer corra risco de extinção.

Afinal, se a inteligência artificial fará cada vez mais parte das nossas vidas, você pode ter certeza que designers estarão ao seu lado, criando maneiras de simplificar a interação homem-máquina.

É provável que o futuro do design envolva muito mais UX e UI do que a criação de layouts propriamente dita. Dessa forma, o design thinking terá um peso incrível no dia a dia dos profissionais da área.

Especializações multidisciplinares serão para todos

Como já citamos na introdução deste texto, e você deve se lembrar, designers terão de competir com outros profissionais por características como a criatividade na solução de problemas e a empatia. Por isso mesmo, a fim de se manterem no topo de suas profissões, será necessário procurar conhecimentos adicionais em contextos multidisciplinares.

Isso significa que podemos vislumbrar um futuro cheio de:

  • designers professores;
  • designers profissionais da saúde;
  • designers administradores etc.

Todos eles empregando a inovação que aprenderam em suas escolas às respectivas áreas de atuação escolhidas.

A universidade de Stanford já vem desenvolvendo a inteligência criativa de profissionais do design há mais de uma década em problemas especiais, e o mesmo pode-se dizer do MIT (Massachusetts Institute of Technology).

Na escola de Gerenciamento e Design Integrado, da Stanford University, alunos aprendem a colocar a lógica da solução de problemas empregada no design a seu favor em outros caminhos profissionais.

Mesmo as escolas de ciências já estão treinando seus formandos em design thinking, o que é uma evidência de que o futuro do design é multidisciplinar.

Novos recursos, velhos problemas no futuro do design

Ferramentas como o Autodesk Dreamcatcher utilizam técnicas algorítmicas para fornecer — dado um nível suficiente de direção, restrições, objetivos e problemas a resolver — centenas de variações de um projeto. Isso deixa os designers do futuro com um papel mais próximo da curadoria que da criação propriamente dita.

A criatividade tecnologicamente aprimorada precisa de:

  • direcionamento;
  • metas;
  • parâmetros;
  • análise.

Esse será o papel dos futuros designers com relação à AI. Em breve, designers treinarão suas ferramentas de inteligência artificial para resolver problemas, criando modelos com base em suas preferências.

Até que AI seja capaz de nos surpreender com ideias completamente novas — o que vai demorar algum tempo — designers e empresas que investem em tecnologia continuarão a dominar o setor de criação.

Produtividade aumentará com o auxílio da tecnologia

Com o design cheio de parâmetros e sendo orientado por inteligência artificial, as possibilidades de criação são expandidas e agilizadas. O resultado disso é óbvio: os trabalhadores desse setor devem experimentar um enorme ganho de produtividade ao longo dos próximos anos.

No futuro do design, será possível explorar uma grande quantidade de direções e alternativas para um mesmo layout, numa fração do tempo que precisamos para fazer isso hoje. As consequências, é claro, serão positivas. Com o aumento da produtividade, designers amadores e pequenos escritórios terão mais facilidade de criar um trabalho excepcional, pressionando os preços dos serviços de design profissional e democratizando o acesso a ele.

Inteligência artificial criará oportunidades de trabalho

A inteligência artificial não rouba o emprego de designers, muito pelo contrário. Quando humanos e computadores trabalham juntos, eles são capazes de fazer coisas incríveis que não poderiam ser imaginadas de outra forma.

Em um futuro no qual nossos assistentes pessoais estarão armados de uma compreensão profunda de nossas influências artísticas — e conseguirão criticar nosso trabalho e sugerir melhorias —, os robôs terão um papel tão fundamental na solução de problemas quanto os designers.

Longe de ameaçar sua ocupação, a inteligência artificial acaba oferecendo uma enorme oportunidade para os envolvidos na concepção das interações. Afinal, são designers que vão decidir:

  • como essas interfaces de inteligência artificial funcionam;
  • que tipo de soluções elas entregam;
  • como o fazem.

E aí, ficou empolgado com o futuro do design e com a forma como as tecnologias vão facilitar nossas rotinas? Esperamos que sim! Deixe seu comentário com sua opinião a respeito do que nos espera no futuro.