Vida de freelancer: vamos esclarecer os principais mitos

vida de freelancer

Até 2016, o mercado de freelancers no Brasil já era o sexto maior do mundo. Diante disso, muitos acreditam que adotar a vida de freelancer é um mero reflexo da crise, mas, na verdade, essa é uma tendência global.

De acordo com a Forbes, estima-se que metade de toda a força de trabalho dos Estados Unidos vai operar dessa maneira até 2020. No Reino Unido não é diferente: desde 2009, a economia freelancer cresceu 25% ao ano. E a tendência é de continuar aumentando.

Com uma popularização cada vez maior dessa forma de trabalho, é hora de esclarecer, de uma vez por todas, alguns mitos que cercam esse tema — e que podem estar impedindo você de mergulhar nessa forma de trabalho.

Então, continue lendo este post e confira os principais mitos sobre a vida de freelancer sendo totalmente desvendados!

“Um freelancer sempre ganha mais/menos do que funcionário contratado”

O que determina quanto um freelancer vai ganhar não é o fato de ele não ser um contratado da empresa. Os fatores mais determinantes, de fato, para o quanto o profissional vai ganhar incluem:

  • experiência e conhecimentos especializados sobre o assunto;
  • concorrência de outros profissionais;
  • tamanho da demanda;
  • tipo de cliente;
  • prazo.

Em outras palavras, não dá para afirmar, com certeza, que essa atividade é mais ou menos lucrativa, já que são vários os fatores que influenciam os ganhos.

Um designer com cinco anos de experiência, por exemplo, provavelmente vai ganhar mais do que um recém-formado contratado formalmente. Já um freelancer novato, que faz trabalhos para pequenas empresas, tende a ganhar menos do que um sênior de uma multinacional.

“Não existe hora para trabalhar”

A vida de freelancer implica em trabalhar a qualquer hora, de qualquer lugar, certo? Bom, não é bem assim. Mesmo não sendo um empregado — e sim um prestador de serviço —, o profissional ainda precisa cumprir prazos.

A maioria dos clientes, como empresas ou mesmo pessoas físicas, opera em horário comercial. Logo, é bastante improvável que o profissional trabalhe de forma ilimitadamente flexível.

Além disso, criar uma rotina com horários ajuda no atendimento e na produtividade. Por tudo isso, o mito cai por terra.

“O ritmo de trabalho é menos intenso”

É bastante comum a ideia de que um profissional desse tipo trabalha menos do que aquele que cumpre a carga horária de 44 horas semanais. A realidade, entretanto, não poderia ser mais diferente.

Um freelancer precisa desempenhar múltiplas funções: desde o atendimento até o planejamento e a execução. E, ainda, precisa garantir a satisfação dos clientes.

O job voltou para ajustes? Ele precisa acertar. O cliente tem uma dúvida? É ele quem deve responder. Surgiu uma demanda urgente? Ele precisa se contorcer para atender, caso aceite.

Assim, é muito comum ver freelas trabalhando até tarde da noite, de madrugada, ou nos finais de semana — muito além das 8 horas diárias do emprego tradicional.

“É impossível ter planejamento financeiro”

Quem trabalha sob um contrato formal em uma empresa sabe o quanto vai receber a cada mês e qual é a data em que o pagamento vai cair. E, por mais que haja um volume maior ou menor de trabalho, o dinheiro é sempre o mesmo. Já com freelancers, tudo depende da produtividade do profissional.

Ficar doente ou tirar férias significa ganhar menos, e a própria baixa na procura dos clientes pode levar a esse fator. Com isso, há a ideia de que é impossível ter planejamento financeiro. Só que esse é outro mito.

Com organização e preparo, é possível, sim, controlar as finanças. Baseando-se em uma média dos recebimentos, por exemplo, o freelancer pode ter uma ideia de como vai ser o mês seguinte. Além disso, é sempre possível — e recomendado! — separar uma parte do dinheiro para um fundo de emergência.

Com disciplina, portanto, o planejamento financeiro não precisa ser prejudicado pela imprevisibilidade de ganhos.

“Ser freelancer significa não ter contato social”

Embora a popularidade de escritórios compartilhados de trabalho venha crescendo, a maioria dos que adotam esse estilo trabalha de casa — o famoso home office. E isso pode dar a impressão de que, longe dos colegas de trabalho e do consagrado cafezinho no corredor, não há contato social.

Na verdade, isso vai depender exclusivamente do estilo do profissional. É totalmente possível realizar meetings via videoconferência com clientes e até com colegas de profissão. E, no mundo offline, também há encontros, seminários e eventos que reúnem essas pessoas.

Assim, é perfeitamente viável balancear uma carreira autônoma e ter contato social, fazendo networking e conhecendo novas pessoas.

“Ninguém escolhe se tornar freelancer”

Muitas vezes, a vida de freelancer é encarada como sendo a saída desesperada de quem não tem emprego e já tentou de tudo. Se você prestar atenção, muita gente ainda acha que isso é coisa de gente fracassada ou preguiçosa.

Porém, com a entrada das novas gerações no mercado de trabalho, as coisas vêm mudando. A estrutura hierárquica e vertical já não agrada muita gente, assim como o ambiente fechado e formal do escritório.

Com isso, não é nada improvável encontrar quem dá o pontapé na própria carreira fazendo freelas. E mesmo quem segue por esse caminho depois de outras experiências pode fazê-lo por vontade própria — e estar, sim, muito satisfeito com essa decisão.

“A vida de freelancer é mais fácil”

Parte dessa ideia está ligada à percepção de que a vida de freelancer é fácil. Afinal, sem chefe e trabalhando da sala de casa ou do quarto, o que poderia dar errado ou gerar estresse? A realidade desse tipo de profissional, entretanto, é bem diferente.

A pressão por resultados, a incerteza sobre manter o cliente, ou não, os prazos cada vez mais apertados e a concorrência feroz são apenas alguns dos elementos que dão um toque de dificuldade a essa atuação.

Além de tudo, é necessário manter a concentração em um ambiente que tem tudo para gerar distrações — desde o telefone ou a campainha que tocam até a cama que parece confortavelmente atrativa no meio da tarde.

Com tudo isso, ser um profissional freelancer não é tão fácil quanto parece, e exige preparo, dedicação e aptidão para abrir mão de um contrato de trabalho formal.

Enfim, gostou do post? Então, agora que você já desconstruiu os mitos da vida de freelancer, que tal curtir a nossa página no Facebook? Assim, você fica por dentro de todas as novidades e oportunidades para deslanchar a sua carreira de freela!